(de Teerã, nosso correspondente  Mico Leão)
Uma fonte  demasiado bem informada me revelou a verdadeira história por trás da  suposta gafe de Dilma quando deixou escapar que "o Irã tem armas  nucleares mas estão sob controle".
Tudo começou com um encontro secreto, a dois, entre Lula e Ahamadinejad, num local ultrasecreto. Ahmadi veio disfarçado de alguém que Lula lembrava conhecer vagamente, Como sua habitual exuberância nosso estadista mor quebrou o gelo com uma proposta cultural e religiosamente chocante:
Tudo começou com um encontro secreto, a dois, entre Lula e Ahamadinejad, num local ultrasecreto. Ahmadi veio disfarçado de alguém que Lula lembrava conhecer vagamente, Como sua habitual exuberância nosso estadista mor quebrou o gelo com uma proposta cultural e religiosamente chocante:
--Ô  Ahmadi, eu sei que tua religão proibe, mas é oportunidade de uma vez na  vida.  Com certeza Alá, com tantos problemas pelo universo,  não está  neste momento prestando a atenção em você que já tem crédito de sobra  com Ele... Eu tenho cá uma caninha, lá do norte, coisa muito fina. Um  golinho só, unzinho, um traguinho, não vai me fazer a desfeita de  recusar...
 O sinistro baixinho ficou chocado com o convite,  uma autêntica ofensa aos seus valores e vedações mais arraigadas. Mas a  tentação bateu forte. Só uma vez, só uma única. Um teste. Se era homem  para confrontar o grande satã, o satanzinho existente dentro daqula  garrafa de Havana --o nome ajudou a quebrar a resistência-- não era  páreo para um candidato ao martírio no apocalipse como ele.
 Sorveu a  pinga até a última gota. A primeira de sua vida tão virtuosa. 
 Alá  estava distraído ma non troppo. Sempre fica de olho nos seus. Puniu-o de  imediato com um porre descomunal. Ahamadi viu um Lula, dois Lulas, três  Lulas. Quando chegou no quarto sapo barbudo desandou a falar qualquer  coisa. Misturou blasfêmias, invectivas contra judeus, sunitas, europeus,  americanos e muito particularmente Barack Obama.
 --O Grande  Satã pensa que vai nos impedir de construir A Bomba. Mal sabem  eles...Vou te dizer uma coisa: os infieis não notaram mas acabamos de  construir a  Primeira, em uma de nossas mais secretas instalações  subterrâneas. Alá seja louvado...
 A conversa durou mais um tempo, Ahamadi falou  mais um monte de coisas, algumas desconexas e incomprensíveis. Terminou  trancando-se no banheiro para vomitar e fazer suas abulações. Fez Lula  jurar  que nem pio vazaria daquela histórica revelação reservada ao mais  íntimo e único amigo infiel. Ele jurou sobre o Alcorão e fez Lula,  aquele idólatra infiel,  jurar sobre a camisa do Corinthians. 
 Nosso  estadista global pensou de fato em manter o mais denso segredo mas  segurar aquilo sozinho, no fundo do peito foi fardo em demasia. Numa das  trezentas de oitenta e quatro chamadas do celular de Dilma Rousseff que  respondeu, naquele dia, acabou revelando  para sua dileta candidata e  provável sucessora o Segredo. 
--Ô Dilma, seguinte,  tu  vai jurar que não conta nada prá ninguém mas imagina que o baixinho...o  baixinho porra, aquele  mesmo... me contou entre umas e outras –ah, tem  gente aí que não sabe beber— que eles já têm a  Bomba. Tu não vai  contar prá ninguém, hein, companheira?
 Justiça seja feita. Dilma não ia mesmo  contar para ninguém. Naninca de nada. Xongas. Zero. Nem pró Dirceu, nem  pro Franklin, nem pra desbocada da Marta. Sua boca ia ser um túmulo  milenar. Mas deu se a circunstância...
Tava aquele monte de repórteres ignorantes ela precisando explicar, pela milésima vez, um dado tão elementar de geopolítica. Seus imbecis, pensou mas não disse. Entendam, disse, que "o Irã não é o Iraque. É civilização antiga, séria. Gente de nível. Gente grande. Gente que dá prá conversar. Gente que até" ... e aí foi que se deu o ato falho, o cumichão de língua que a gente não consegue controlar... Igual àquele de que o meio ambiente como grande ameaça para o desenvolvimento sustentável. Aquele que a gente percebe a meio de caminho que está saindo boca fora mas é melhor terminar a frase e seguir em frente, que sabe eles, burros que são, não registram. "Gente que até já têm armas nucleares mas estão todas sob controle. Sob controle, entendem?"
Controle, aliás, é com eles mesmo, pensou mas já não mais disse...
Tava aquele monte de repórteres ignorantes ela precisando explicar, pela milésima vez, um dado tão elementar de geopolítica. Seus imbecis, pensou mas não disse. Entendam, disse, que "o Irã não é o Iraque. É civilização antiga, séria. Gente de nível. Gente grande. Gente que dá prá conversar. Gente que até" ... e aí foi que se deu o ato falho, o cumichão de língua que a gente não consegue controlar... Igual àquele de que o meio ambiente como grande ameaça para o desenvolvimento sustentável. Aquele que a gente percebe a meio de caminho que está saindo boca fora mas é melhor terminar a frase e seguir em frente, que sabe eles, burros que são, não registram. "Gente que até já têm armas nucleares mas estão todas sob controle. Sob controle, entendem?"
Controle, aliás, é com eles mesmo, pensou mas já não mais disse...
 Fala sério!  Não foi bem  uma gafe. Quando muito, meia gafe. Tanto que só saiu num jornal do Rio  que todo mundo sabe apoia o Serra. Tanto não foi gafe que ninguém mais  deu tanta bola assim. Tanto não foi que até tem um lado bom, que, claro,  em sua infinita má vontade, essa imprensa (sem o devido controle da  sociedade) não registrou. 
 Mas eu registro, diretamente de  Teerã:  única coisa digna de nota em todo esse caso é observar  inequivocamente  que Lula,  o maior estadista de todos os tempos, o que  nunca-antes-na-história-desse-planeta,  sabe mais das coisas. Tá melhor  informado que esse Obama, com toda sua CIA, NSA, Pentagono e o  esquimbau, que não sabem porra nenhuma. Lula foi o primeiro fora do  círculo mais seleto dos mais sublimes aialolás, dos mais seletos milicos  da Guarda Republicana e o dos altos  nucelocratas iranianos a saber do  Grande Segredo. 
 E  Dilma a primeira a revelá-lo tornando-se assim, de longe, a mais  transparente candidata de todos os tempos.
 Lula por ter sucitado  essa transparência e essa revelação no que pese a pequeníssima  indiscrição e transgressão religioso-cultural, é um forte candidato ao  Premio Nobel da Paz. Só que dessa vez merecido e não um Nobel mutretado  como o lá do outro, daquele mulatinho metido a besta.
 

 
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