Saudado com alvíssaras e fanfarras a visita de Lula ao Irã produziu um acordo capenga que dá uma álibi para a ditadura teocrática.
Lula foi ao Irã, recusou-se a fazer o menor gesto em direção aos ativistas de direitos humanos e ao movimento democrático, o período de sua visita coincidiu a com execução de presos políticos curdos e o tão celebrado acordo nuclear Irã-Brasil-Turquia revelou-se se não uma farsa, pelo menos, um caminho insuficiente para assegurar que o regime teocrático islamista, de fato, não poderá fabricar secretamente amamento nuclear.
O acordo reedita uma proposta velha de mais de um ano pelo qual o Irã mandaria para fora do país 1200 kg de urânio enriquecido a 3,5% para receber da França e da Rússia o urânio a 20% para usos pacíficos.
O problema que na época em que foi feita originalmente a proposta esses 1200 kg representavam 70% do urânio enriquecido iraniano. Dá lá para cá o país produziu muito mais. Agora isso representaria apenas metade. 1000 kg de urânio enriquecido a 90% já seriam suficientes para fabricar uma bomba.
Para que o acordo funcionasse oferecendo, de fato, garantias o mundo de que o Irã não estaria fabricando a bomba em uma de suas várias instalações clandestinas, teria que remeter uma quantidade maior e concordar com inspeções da AIEA. Até agora o Irã não aceitou essas condições indispensáveis e, diante disso, não só os países ocidentais com a Rússia e, até mesmo, a China estariam dispostas a aprovar sanções na ONU.
Toda movimentação de Lula então serviu como álibi e biombo para que o regime iraniano continuasse com seu jogo de dissimulação. Ou seja, serviu de apoio político às tretas de Ahmadinejad. Toda gesticulação amigável com camisa canarinho, tapinhas nas costas de votos de amizade só serviu para fazer o jogo político de um ditadorzinho feroz com seu povo, messiânico, aventureiro, disseminador do terrorismo e negacionista do holocausto.
Frouxo e complacente com a administração aventureira, intervencionista e arrogante de George W Bush, também tratado como “amigo”, Lula dedica-se a atrapalhar e criar problemas para Barack Obama, enfraquecendo sua posição na gestão de vários graves problemas intencionais e, sistematicamente, favorecendo regimes liberticidas e repressivos.
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ResponderExcluirCaro Sirkis
Sei que estamos em clima de campanha, e as atuais corcuntâncias exigem ataques ao Lula/Dilma...
Mas corre-se o risco também de ir a reboque de interesses hediondos, amplamente amparados já pela grande mídia.
Pergunto: Porque este destaque somente ao Irã ? Há diversoa paises, inclusive o Oriente Médio, muuuito mais Repressores e que atentam aos direitos Humanos que o Irã. Ou no mínimo tanto quanto. Vários nem eleições tem.
Por outro lado, garantindo-se que não será prodizido armamento nuclear, porque impedir o desenvolvimento para produção de energia ? Lembre-se que o Irã é signatário do Acordo de Não Proliferação Nuclear, ao contrário de Israel.
Aliás, que coisa estranha, não ? Israel NÃO é signatário do Acordo de Não proliferação Nuclear, produz armamento nuclear desde os anos 60 ou 70, tem hoje cerca de 400 ogivas atômicas, e continua produzindo. E a comunidade internacional não fala uma linha. Nem você...
Além disso, o Estado de Israel tem protagonizado um verdadeiro Genicídio contra o povo Palestino, atacando barbaramente a popúlação civil, inclusive com armas proibidas, impondo morte e destruição, e bloqueios desumanos na Cisjordânia. Os próprios jornais de Israel denunciam que aviões israelenses jogam sistematicamente agrotóxicos nas aldeis da Cisjordânia.
Mas Israel pode produzir a vontade ogivas atômicas...
Você n~]ao acha que está meio tendencioso nesta história ?
Acauã Rodrigues
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