Estou mais feliz que pinto no lixo. Iniciaram-se as obras de recuperação do Palacete D.João VI e do vizinho prédio da Metropol, ambos na Praça Mauá que marcam a vitória de uma luta que vínhamos travando há anos. VEJA O VIDEO
O prefeito Eduardo Paes deu a partida para a obra de restauração do prédio histórico e de sua transformação em um museu. O projeto do MAR(Museu de Artes do Rio) está sendo implementado pela Fundação Roberto Marinho e incorpora o prédio ao lado, da Metropol, no projeto.
Poucos dias após as eleições de 2008 o então prefeito recém eleito convidou-me para lhe apresentar o programa Porto do Rio que elaborei na minha gestão de secretário de urbanismo e presidente do Instituto Pereira Passos(IPP) entre 2001 e 2006. Tornou-se um grande implementador da causa e rebatizou-o de Porto Maravilha, colocando à frente das ações o secretário Felipe Goes. A vontade política fez a diferença. Ao adota-lo como sua prioridade urbanística o atual prefeito estabeleceu um profundo contraste com seu antecessor que imperdoavelmente o paralisara quando do embargo judicial ao projeto do Museu Guggenheim mandando suspender várias licitações em curso. Depois disso chegou a fazer forfait no dia da assinatura de um convênio com o governo federal com a presença do presidente da república.
Paes não teve nenhuma dificuldade em adotar o programa, aprefeiçoa-lo e colocar sua boa relação tanto com o governo do estado quanto com o federal para tirar o sonho do papel. Empenhei-me em ajudar ao máximo sua equipe com todo meu conhecimento acumulado e na Câmara de Vereadores para aprovação das três Leis que viabilizam estrategicamente a revitalização. Em relação ao palacete D.João VI, especificamente, sugeri um caminho –a desapropriação e a parceria com a incitativa privada—que foi seguido e coroado de sucesso.
A Fundação Roberto Marinho com toda sua experiência acumulada nos museus da Língua Portuguesa e do Futebol, em São Paulo, desenvolveu um projeto criativo e instigante abrangendo os dois prédios.
As obras começaram e aguarda-se para ainda este mês a apresentação do projeto de Santiago Calatrava para o Pier Mauá, um projeto que também tentei encomendar, em 2001 sem sucesso, na ocasião, em função do contexto mais geral da prefeitura. Hoje foi um dos dias mais felizes da minha vida. Uma pontinha de tristeza de não ter sido quem de fato conseguiu tirar o sonho do papel, uma imensa alegria de ver que outros cariocas conseguiram e que tanta gente foi incorporada a uma sonho cada dia mais coletivo de todos que amam o Rio.
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