O presidente estadual do PSDB-RJ, Zito, acaba de alardear o adiamento (?) da convenção da coligação conjunta PV, PSDB, PPS e DEM, que apoiaria Gabeira para o governo do estado e que, simultaneamente, deveria consagrar uma coligação para deputados federais e estaduais entre os três partidos que apoiam o ex-governador José Serra para presidente, já que PV não se coliga nas eleições para deputado. Os demais partidos não estão aceitando esse anúncio de Zito , que foi desmentida por outros dirigentes tucanos criando uma enorme confusão.
A crise resultaria de uma pressão dos tucanos sobre o PPS para substituir a candidatura ao Senado de Marcelo Cerqueira por um candidato do PSDB, conforme um diktat do presidente nacional do PSDB Sergio Guerra. Mas, isso parece ser apenas o pretexto.
Se tratasse apenas de garantir uma candidatura do PSDB ao Senado não haveria problema. Há uma solução elementar que é não coligar para o Senado e permitir que cada partido lance seu candidato, tese que o PV vem defendendo desde o início e que atende melhor aos interesses dos candidatos presidenciais tanto Serra quanto Marina.
Como os tucanos continuam resistindo a essa solução elementar a impressão que se tem é que na verdade isso seria um pretexto para os tucanos abandonarem a opção Gabeira e lançarem um candidato a governador apenas para dar tempo de TV a Serra às segundas, quartas e sextas e ser devidamente “cristianizado” em prol do governador Sérgio Cabral, o que explicaria o papel demolidor de Zito que, há muito tempo, vem trabalhando por essa solução.
A ser, de fato isso, o Partido Verde manterá a candidatura Gabeira com quem quiser apoiá-la formal ou informalmente com apoio total da nossa candidata presidencial Marina Silva.
A estranha crise desencadeada na véspera da convenção, a se consumar, entrará para os anais da política brasileira como um dos mais extremos e irresponsáveis episódios de molecagem suicida. Sua principal vítima, no final das contas, será a candidatura presidencial de José Serra cuja performance no Rio já não era das melhores, antes disso.
Pode ocorrer, no entanto, tudo seja resolvido de alguma maneira em tempo hábil para a Convenção e a crise de véspera entre para a história como uma esdrúxula manobra de beira de abismo seguida de um recuo constrangedor.
Em qualquer hipótese a candidatura de Gabeira permanece como a grande referência da oposição a Sérgio Cabral no Rio e os nossos militantes continuam convocados e mobilizados para a convenção, amanhã.
1 - o acordo assinado entre os 4 partidos
O documento do acordo dos quatro partidos
Eis a transcrição do documento firmado pelos quatro partidos e assinada pelos presidentes estaduais do PV, Alfredo Sirkis; do PSDB, Luis Paulo Rocha; do PPS, Conte Bettancourt, e do DEM, Solange Amaral.
ACORDO DOS PARTIDOS COLIGADOS PSDB, PV, DEM E PPS EM TORNO DAS ELEIÇÕES AO GOVERNO DO ESTADO DE 2010
“Na reunião do dia 3 de maio de 2010, na presença de representantes dos quatro partidos supracitados, acordou-se que a união em torno da candidatura de Fernando Gabeira ao governo do Estado é a razão da coligação.
Na coligação, o PV tem a vaga para governador, e o PSDB, a vaga para vice-governador.
Nas eleições para o Senado, o DEM ocupará a primeira vaga, e o PPS, a segunda, ambas vinculadas a sua candidatura nacional comandada pelo PSDB. O PV terá a sua candidatura ao Senado vinculada a sua candidatura nacional.
Os partidos acordaram que qualquer eventual percalço no registro de candidatura majoritária não comprometerá a coligação para governador nem nenhuma outra das candidaturas majoritárias.
Foi acordado que os quatro partidos em todas suas candidaturas seguirão o critério do Projeto de Lei Ficha Limpa, que proíbe candidaturas de pessoas condenadas sem considerar a possibilidade de recurso.”
2 - a solução para o imbróglio do Senado
É possível atender a demanda do PSDB de ter um candidato ao Senado, preservando o do PPS e permitindo ao PV lançar sua candidata vinculada a Marina de uma forma elementar. Simplesmente não fazer coligação para o Senado e cada partido lançar seu (sua) candidato (a). É a solução que melhor atenderia a necessidade de mais espaços de TV tanto para Serra quanto para Marina.
As dúvidas legais sobre essa solução são pequenas já que há jurisprudência (decisões) do TSE consagrando essa hipótese mesmo no tempo da verticalização. De qualquer forma o TSE deve responder a nossa consulta nesse sentido na próxima semana.
Eis um demostrativo da divisão do tempo de TV para o Senado nas duas hipóteses.
Cenários de tempo de TV para o Senado, projetando o mesmo número de partidos ou coligações que disputaram as eleições de 2002 = 15 (quinze).
1 - Condições gerais:
Tempo total: 15 min = 900 seg.
Tempo igual para todos = 300 seg.
Tempo a ser dividido na proporção das bancadas federais eleitas = 600 seg dividido por 1/513 = 1,17
Tempo igual para cada partido ou coligação = 20 seg
2 - Tempos dos 4 partidos:
Bancadas eleitas em 2006: PSDB 65, DEM 65, PPS 21, PV 13.
Total de deputados federais 513
3 - Cenário onde cada partido lança um candidato ao Senado:
PSDB: 20 seg + (1,17 x 65) 76 = 96 seg: (1 minuto e 36 seg)
DEM: 20 seg + (1,17 x 65) 76 = 96 seg: (1 minutos e 36 seg)
PPS: 20 seg + (1,17 x 21) 24,57 = 44,57 seg
PV: 20 seg + (1,17 x 13) 15,21 = 35,21 seg
Total dos partidos palanque Serra = 236.57 seg (3 minutos 57 seg)
Total do partido palanque Marina = 35 seg
[Se PSDB não lançar candidato ao Senado 96 seg divididos por 15 = 6,4 seg. Ficaria: DEM 1 minuto 42 seg, PPS 50,5 seg e PV 41,21 seg]
4 - Cenário coligação de 4 partidos com 2 candidatos ao senado:
20 seg(tempo igual) + 76 + 76 + 24,57 + 15, 21(por numero de deputados) = 191,7 seg (3 minutos e 21 seg)
Tempo para cada candidato: 95,8 seg (1 minuto 35 seg) Resumo da ópera: CM no cenário 1 (DEM sozinho e PSDB não lança) teria: 1 min e 42 seg e no cenário 2 (coligação) teria: 1 minuto 35 seg... PSDB lançando: 1 minuto e 36 seg.
Tempo a menos do palanque Serra: 236.57 – 191,7 = 44,8 seg
Tempo a menos do palanque Marina: 35,21 seg.
Provavel tempo a mais para partidos palanque Dilma, Ciro e nanicos = 80 seg (1 min e 20 seg).
1 - o acordo assinado entre os 4 partidos
O documento do acordo dos quatro partidos
Eis a transcrição do documento firmado pelos quatro partidos e assinada pelos presidentes estaduais do PV, Alfredo Sirkis; do PSDB, Luis Paulo Rocha; do PPS, Conte Bettancourt, e do DEM, Solange Amaral.
ACORDO DOS PARTIDOS COLIGADOS PSDB, PV, DEM E PPS EM TORNO DAS ELEIÇÕES AO GOVERNO DO ESTADO DE 2010
“Na reunião do dia 3 de maio de 2010, na presença de representantes dos quatro partidos supracitados, acordou-se que a união em torno da candidatura de Fernando Gabeira ao governo do Estado é a razão da coligação.
Na coligação, o PV tem a vaga para governador, e o PSDB, a vaga para vice-governador.
Nas eleições para o Senado, o DEM ocupará a primeira vaga, e o PPS, a segunda, ambas vinculadas a sua candidatura nacional comandada pelo PSDB. O PV terá a sua candidatura ao Senado vinculada a sua candidatura nacional.
Os partidos acordaram que qualquer eventual percalço no registro de candidatura majoritária não comprometerá a coligação para governador nem nenhuma outra das candidaturas majoritárias.
Foi acordado que os quatro partidos em todas suas candidaturas seguirão o critério do Projeto de Lei Ficha Limpa, que proíbe candidaturas de pessoas condenadas sem considerar a possibilidade de recurso.”
2 - a solução para o imbróglio do Senado
É possível atender a demanda do PSDB de ter um candidato ao Senado, preservando o do PPS e permitindo ao PV lançar sua candidata vinculada a Marina de uma forma elementar. Simplesmente não fazer coligação para o Senado e cada partido lançar seu (sua) candidato (a). É a solução que melhor atenderia a necessidade de mais espaços de TV tanto para Serra quanto para Marina.
As dúvidas legais sobre essa solução são pequenas já que há jurisprudência (decisões) do TSE consagrando essa hipótese mesmo no tempo da verticalização. De qualquer forma o TSE deve responder a nossa consulta nesse sentido na próxima semana.
Eis um demostrativo da divisão do tempo de TV para o Senado nas duas hipóteses.
Cenários de tempo de TV para o Senado, projetando o mesmo número de partidos ou coligações que disputaram as eleições de 2002 = 15 (quinze).
1 - Condições gerais:
Tempo total: 15 min = 900 seg.
Tempo igual para todos = 300 seg.
Tempo a ser dividido na proporção das bancadas federais eleitas = 600 seg dividido por 1/513 = 1,17
Tempo igual para cada partido ou coligação = 20 seg
2 - Tempos dos 4 partidos:
Bancadas eleitas em 2006: PSDB 65, DEM 65, PPS 21, PV 13.
Total de deputados federais 513
3 - Cenário onde cada partido lança um candidato ao Senado:
PSDB: 20 seg + (1,17 x 65) 76 = 96 seg: (1 minuto e 36 seg)
DEM: 20 seg + (1,17 x 65) 76 = 96 seg: (1 minutos e 36 seg)
PPS: 20 seg + (1,17 x 21) 24,57 = 44,57 seg
PV: 20 seg + (1,17 x 13) 15,21 = 35,21 seg
Total dos partidos palanque Serra = 236.57 seg (3 minutos 57 seg)
Total do partido palanque Marina = 35 seg
[Se PSDB não lançar candidato ao Senado 96 seg divididos por 15 = 6,4 seg. Ficaria: DEM 1 minuto 42 seg, PPS 50,5 seg e PV 41,21 seg]
4 - Cenário coligação de 4 partidos com 2 candidatos ao senado:
20 seg(tempo igual) + 76 + 76 + 24,57 + 15, 21(por numero de deputados) = 191,7 seg (3 minutos e 21 seg)
Tempo para cada candidato: 95,8 seg (1 minuto 35 seg) Resumo da ópera: CM no cenário 1 (DEM sozinho e PSDB não lança) teria: 1 min e 42 seg e no cenário 2 (coligação) teria: 1 minuto 35 seg... PSDB lançando: 1 minuto e 36 seg.
Tempo a menos do palanque Serra: 236.57 – 191,7 = 44,8 seg
Tempo a menos do palanque Marina: 35,21 seg.
Provavel tempo a mais para partidos palanque Dilma, Ciro e nanicos = 80 seg (1 min e 20 seg).
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