Agora temos um novo imbroglio com a articulação no PSB para apoiar a candidatura a governador de Lindberg pelo PT. É o bizarro dois! Sei que isso facilitaria a eleição de deputados,
inclusive a minha, se de fato o PT está oferecendo coligação para
deputado federal. Em 2010, tive mais voto que três dos cinco eleitos
pelo PT. Deveria respirar aliviado com essa facilidade aritmética.
No entanto, sou
totalmente contrário a essa coligação. Nada contra o senador, pessoalmente. Mas perdoem-me o recurso ao chulo: isso
não seria uma coligação mas uma suruba! Não tenho condições de apoiá-la por uma razão muito simples e cristalina: sou crítico ao governo do PT. Passei os quatro anos de
mandato criticando o governo Dilma, de forma respeitosa porém firme, e venho propugnando
uma alternância nessas eleições. Não posso agora aparecer coligado ao PT
utilizando do seu cociente eleitoral para me reeleger!
Não preciso fazer grandes consultas para saber
que muitos dentre meus eleitores não concordariam com esse tipo de comportamento político. Não sou avesso a uma certa dose de pragmatismo mas aí já é demais: é uma dose cavalar.
Penso que o PSB deva
lançar candidato ao governo do Rio de Janeiro e dar a Eduardo-Marina um palanque nítido,
inequívoco. O nome, nessas alturas do campeonato, depois de três
preciosos meses perdidos, é secundário. Importante é a nitidez do palanque.
Uma proposta de coligação “orgiástica” dessas espalha confusão e
suspeita. Por que haveria o PT de aceitar esse estranho “palanque duplo” entre situação a oposição? Uma coisa seria um palanque duplo, oposicionista, como, em 2010, o de Gabeira com Marina e Serra. Mas um palanque duplo de situação com oposição? Quais os acordos
por trás disso? Por que razão o PT consentiria?
Existirá, por acaso, algo envolvendo segundo turno???
Existirá, por acaso, algo envolvendo segundo turno???
Embora tenha bons
amigos no PT e reconheça realizações positivas nos anos Lula, penso que o
Brasil precisa muito de uma alternância democrática, em 2014. Essa experiência PT-grotões chegou ao
seu limite e um novo governo Dilma seria muito ruim para o país.
Não participo desses frissons de ódio contra eles --nem o deles contra quem não concorda com eles-- muito em voga nas redes sociais, mas chegou a hora de apontar ao grupo do Planalto a porta da rua, serventia da casa. No futuro, no bojo de uma autocrítica e uma faxina interna, penso que poderão voltar a exercer um papel positivo dentro de um realinhamento histórico do quadro político brasileiro. É uma tese que defendo desde 2010. Nesse momento, porém, precisam ser derrotados --inclusive o Lula-- até para que, no futuro, o PT possa ser salvo dele próprio.
Não participo desses frissons de ódio contra eles --nem o deles contra quem não concorda com eles-- muito em voga nas redes sociais, mas chegou a hora de apontar ao grupo do Planalto a porta da rua, serventia da casa. No futuro, no bojo de uma autocrítica e uma faxina interna, penso que poderão voltar a exercer um papel positivo dentro de um realinhamento histórico do quadro político brasileiro. É uma tese que defendo desde 2010. Nesse momento, porém, precisam ser derrotados --inclusive o Lula-- até para que, no futuro, o PT possa ser salvo dele próprio.
Porque acredito na
nitidez em política e na alternância democrática não concordo com essa
bizarrice que estimularia mais ainda a não participação, como já
estamos vendo com a galera dos 16 aos 18 anos, sem interesse em participar das
eleições. Vai ter voto nulo e branco adoidado se nos dobrarmos ao oportunismo, ao pântano político. Prefiro correr o risco de um cociente eleitoral muito difícil de
alcançar ou, simplesmente, não participar desse processo, pois, conveniamos, há vida inteligente fora da política eleitoral/parlamentar.
A pergunta é se dentro ela continuará existindo.
A pergunta é se dentro ela continuará existindo.
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