Decantar é preciso... |
Acredito que na ausência do Gabeira sou
um interlocutor natural desse contingente eleitoral que, nesse momento, ainda
não tende para o Eduardo Campos que ainda tem escassa penetração no Rio, embora
tenha um bom potencial por aqui.
Dizem que coloquei a precandidatura
“tardiamente”, apesar de tê-lo feito justamente na primeira reunião da qual
participei onde o assunto estaria em pauta. Há quem diga que o Miro Teixeira “chegou
antes” de mim e traria o apoio nacional
do PROS ao Eduardo. Pessoalmente duvido desse apoio que renderia uns 15 segundos de TV. Prometido em fevereiro para ser entregue em
junho... Vejo uma certa dificuldade em relação a uma formação que até o momento
faz parte da “base” da Dilma.
Em relação ao palanque, no Rio, ainda que os irmãos Gomes
garantam que o Miro possa dispor dele a sua vontade é bom lembrar que eles
sairam do PSB justamente para não apoiar o Eduardo Campos. Por outro lado o PT não brinca
em serviço. Caso se sintam ameaçados tem meios para melar esse palanque.
Truculência para “intervir” nunca lhes faltou. Que o diga o Vladimir Palmeira,
em 1998...
Li também que o Miro seria “melhor candidato”. A partida não tem vínculos históricos com esse contingente que votou verde em 2008 e
2010. Do ponto de vista
estritamente eleitoral, numérico, jogamos na mesma divisão. Em 2010, tive
10 mil votos a mais : 73 185 e o Miro:
63 119, o que nos coloca num patamar eleitoral parecido. Ele
poderia conquistar, eventualmente, uma parte pelo menos da galera que votou
no Gabeira, em 2010? Talvez. Mas penso que eu teria mais facilidade e que é
importante para mim começar a
mobiliza-la.
Acredito que é o movimento que devo fazer nesse momento. É importante independentemente do que termine por acontecer em junho. A imagem de ambos é de correção e respeito. A dele é mais de um política tradicional com uma consistente atuação parlamentar, a minha mais
vinculada a realizações visíveis a olho nu: a cicloviais cariocas, os
grandes reflorestamentos em favelas, a volta do Circo Voador, o inicio da
revitalização da área portuária e uma atuação de décadas na questão ambiental.
Também
venho tendo uma participação intensa no debate sobre segurança no Rio de
Janeiro, há mais de 10 anos, com as propostas como o fim da escala de
serviço, a dedicação exclusiva nas polícias com fim do "bico" e
o policiamento ostensivo a pé. O fato de nunca ter participado de
governos do PT também facilita minha abordagem em relação à classe média
do Rio que tem certamente nesse momento um viés oposicionista.
Respeito o Miro e votaria nele em confronto com todos os outros
candidatos postos nesse momento, mas penso que é cedo para definir e bater o martelo.
Pré candidatura é justamente uma fase onde prospectamos possibilidades, viabilidades e, no meu caso, só serei candidato se tiver de fato as condições de uma campanha competitiva com chances de vitória. Isso só poderá ser avaliado mais adiante. Sou muito realista e a mosca azul voa longe da minha bicicleta.
Pré candidatura é justamente uma fase onde prospectamos possibilidades, viabilidades e, no meu caso, só serei candidato se tiver de fato as condições de uma campanha competitiva com chances de vitória. Isso só poderá ser avaliado mais adiante. Sou muito realista e a mosca azul voa longe da minha bicicleta.
Penso, no
entanto, que a pressa em arrumar um
palanque vinculada a uma articulação nacional, passando por cima das
especificidades do Rio, seria um erro. Decantar é preciso.
Prá além de criticas partidarias que tive e tenho em relação ao Sirkis, não posso deixar de concordar com sua argumentação acima. É de grande lucidez e compromisso programatico.
ResponderExcluirE, programaticamente falando,, na minha avaliação , foi de Sirkis o melhor discurso no Encontro Regional Sudeste.