29/08/2013

Vergonha


 Sobre o patético caso do deputado Natan Donaton cujo inútil mandato  foi salvo, na encolha, por 131 votos contra e 41 abstenções, que, no caso significam exatamente a mesma coisa, só resta uma determinação dupla: 1 – fim imediato do voto secreto  2 – cassação automática de qualquer parlamentar condenado em sentença transitada em julgado.

 Depois de uma discurso miserabilista, patético do parlamentar de Rondônia, condenado em todas as instâncias de justiça por ter roubado 8 milhões de reais na Assembleia Legislativa de seu estado, o sindicato secreto dos parlamentares corruptos decidiu aliviar simbolicamente seu coleguinha dando-lhe essa vitória “moral” imoral e cobrindo de vergonha a Câmara, inclusive os 233 deputados que como eu votaram pela sua cassação.

Vitória inútil pois Donaton ficará em cana do mesmo jeito e não exercerá o mandato que lhe foi preservado, apenas quiseram dar uma vitória simbólica à corrupção e, perversamente,  contribuir para a desmoralização ainda maior do legislativo.

 Fica clara a razão que tinha o STF –que defendi na tribuna--  em relação a obrigação automática que tem a mesa da Câmara de cassar de ofício o mandato de quem foi condenado em última instância, se tivesse feito isso ou se já tivesse colocado em pauta a votação do voto aberto essa vergonha teria sido evitada.

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