04/10/2012

Miscelânia eleitoral: Macaé, Aspásia e Obama


Macaé: Dr Aloisio a um passo da vitória

 Estive ontem no comício final de meu companheiro de bancada deputado Dr Aloisio, do PV,  médico neurocirurgião, candidato à prefeitura de Macaé, numa coligação com o PT, o PSC e outros partidos. La estavam também nossos colegas Alessandro Molon, Benedita da Silva e Hugo Leal.  Aloisio lidera com folga as pesquisas com cerca de 60% das intenções de voto, numa eleição de um turno só. 

 A alguns meses ele vinha sofrendo uma campanha violenta por parte do PMDB, que domina o situacionismo na cidade. Picciani deu uma entrevista ao Dia dizendo que iria “reduzi-lo a pó”. Meses a fio foi atacado pela imprensa e rádios locais, compradas e com acusações sem fim. Aloisio permaneceu impávido, fez uma campanha tranquila, de ideias e propostas ignorando solenemente a baixaria.

 Macaé é um município emblemático. Com abundantes royalties de petróleo parece um Catar ou uns Emirados do norte-fluminense. Mas, sabemos, o dinheiro do petróleo pode ser uma bênção-maldição e a administração do PMDB vem malversando esses recursos em obras faraônicas, superfaturadas e inchaço da folha de comissionados da prefeitura. 

 A última do indefectível prefeito Riverton foi anunciar a construção de um VLT sobre a antiga linha férrea de carga que corta o centro de Macaé.  Chegou a importar uns vagões para exibir. O curioso é que sua bitola não combina com a dos trilhos, que aliás não combinam com nenhum tipo de tramway. Foi um mero truquezinho eleitoral que virou folclore na cidade. Mas custou caro.

 Conversei muito com Aloisio sobre projetos de saneamento –a situação está um horror--,  de energia e transportes (inclusive um VLT a sério). Vou ajudar Macaé com projetos cicloviarios e outros. Nossa ideia e fazer da cidade, no futuro, um exemplo de sustentabilidade urbana para a região, o estado e o país. Uma vitrine verde.  Quem viver, verá.

 Galeria de fotos do comício final de Aloisio:
Aloisio, nosso iminente prefeito de Macaé...





Aspásia disputa o bronze

 Nas pesquisas que tenho visto a eleição de domingo está definida no primeiro turno com Paes perto dos 70%, em votos válidos, Freixo pelos 22% e Aspásia, Otávio Leite e Rodrigo Maia embolados entre 4% e 2% dependendo da pesquisa. Nessas alturas seria interessante garantir para Aspásia o terceiro lugar. Por ser a única mulher, por sua experiência e pelas ideias e projetos verdes que defendeu, é um voto de qualidade. 

 Se você acha importante municipalizar as águas cariocas, implantar vários dos projetos que recentemente apresentei nesse espaço cada voto em Aspásia é importante. Para vereador, sem demérito de outros bons candidatos verdes, vou votar em André Esteves, 43043, meu ex-chefe de gabinete. É também um dos candidatos respaldados por Marina.

Fotos da campanha de Aspásia 43:






Obama: tática Ali versus Foreman?

Será que é isso???
Confesso que estou entre os decepcionados com a performance de Obama no primeiro debate com Mit Romney. Diante do robocop republicano assertivo, agressivo e abusado, Obama manteve uma fleuma britânica. Parecia um professor de economia detalhista totalmente sem emoção. Certamente terá predominado na argumentação, se compararmos as transcrições, mas ficou parecendo aquele time que marcou um gol e recua para a defesa. Compreensivelmente,  67% dos que viram o debate acham que Romney “ganhou”. Cantou de galo, pisou duro e melhorou sem dúvida sua situação que antes do debate parecia quase terminal.

 Debates raramente decidem eleições e esse é o primeiro de três. Claramente Obama seguiu uma tática deliberada previamente. Optou por não chutar o imenso traseiro de Romney deixando de usar o considerável estoque de munição disponível. Ficou obsessivamente discutindo detalhes temáticos quando debate é espetáculo, é drama, é teatro, artes onde normalmente tiraria Mitt "de letra". 

A ressalva otimista que posso fazer é a seguinte: o que realmente está em disputa nesses debates são os 6% de indecisos e uma pequena fração de eleitores com uma certa tendência mas que ainda podem mudar o seu voto e que tudo indica sejam poucos. É preciso ver com eles --e não gente como eu que quer ver Mitt levando porrada-- reagem. Por outro lado está a questão da mobilização da base, trazer os eleitores para votar num país de voto facultativo. Há dois caminhos: o entusiasmo, como em 2008,  ou o susto. 

 Será que Obama seguiu disciplinadamente  uma tática oriunda de pesquisas quali que mostram indecisos não respondendo bem à agressividade e querendo realmente detalhes esmiuçados de policies (políticas públicas) com menos politics (política lato senso)? Será há pesquisas que mostram segmentos do  eleitorado democrata precisando de uma sacudida radical de pânico para ir votar pois estariam menos mobilizados nesse “já ganhou” que vinha dominando o cenário até agora? 

 Ou será que temos uma tática à la  Mohamed Ali, naquela antológica luta contra George Foreman em Kinshasa, em 1974? Ali, nas cordas, rounds a fio apanhando, apanhando, cansando Foreman de tanto bater, até que, no último round “impávido e impossível” Mohamed Ali, manda três certeiras cacetadas levando o jovem agressivo e poderoso George à lona.

 Tomara que seja... Senão teremos emoções fortes em 6 de novembro. Sei não...

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