24/07/2010

As últimas de Chavez, o tresloucado histrião...

O rompimento de relações diplomáticas com a Colômbia, promovido por Hugo Chavez, é aquilo que os franceses chamam de la fuite en avant, a fuga para frente, um jogador de pôquer incerto de suas cartas que dobra as apostas.

Apesar da semi-ditadura que implantou na Venezuela, controlando o judiciário, o Congresso, restringindo violentamente a mídia e estatizando desmedidamente a economia, Chaves está inseguro em relação às eleições legislativas. As pesquisas indicam que vai perder, embora possa garantir por meio de várias mutretas que fez na repartição de distritos eleitorais, uma escassa maioria no Congresso.

Uma das opções na mesa de Chavez é radicalizar de vez o processo e implantar uma ditadura completa, como a dos irmãos Castro, em Cuba. A Venezuela tem uma sociedade e uma economia mais complexa. Basta ver que, com toda verborréia imperialista aos EUA, ainda são os principais compradores de petróleo venezuelano. Obama tem evitado cair nas provocações de Chavez e, ao contrário de Bush, não toma nenhuma atitude ostensivamente agressiva, pois sabe que isso seria contraproducente.

Premido por uma deterioração forte de sua popularidade e mais forte ainda das condições da economia venezuelana, que tem uma das piores performances do continente, Chavez apela para o velho expediente de provocar uma crise externa para tentar mobilizar um sentimento nacionalista.

Não é segredo para ninguém que a Venezuela abriga vários campos de treinamento das FARC e esconde alguns de seus principais dirigentes, como Antono Cano. A justiça espanhola já levantou numerosos dados sobre a presença da organização terrorista basca ETA e seus cursos de explosivos para membros das FARC.

A documentação apresentada pelo governo da Colômbia é consistente e sua decisão de encaminhar à questão ao Tribunal de Haia é perfeitamente lógica e deveria ser contestada por Chavez, civilizadamente, na mesma instância. Se não é verdade que os narco-terrroristas colombianos dispõem de santuários na Venezuela a solução é simples: convide observadores internacionais isentos para uma missão de reconhecimento “in loco” e, submeta-se a uma arbitragem internacional.

Romper relações diplomáticas, prejudicando a população e a economia de ambos países e fazer rufar tambores guerreiros é uma atitude irresponsável e estúpida. Mas, é a cara de Hugo Chavez...

2 comentários:

  1. Certo, Alfredo, é bem como a ditadura argentina fez com a questão das Malvinas. É o "canto do cisne" de uma ditadura moribunda, que não tem onde mais buscar sustentação, a não ser buscar um inimigo externo para tentar unificar o país e tentar desesperadamente assumir sua liderança. Coisas que já vimos e, infelizmente, voltaremos a ver neste nosso planeta dos macacos.

    Um abraço

    Cícero Franco
    Floripa, SC

    25 de julho de 2010 15:30

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  2. É isso aí meu amigo. Malivinas Chavelinas

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