Metaforicamente falando... |
Hoje há uma guerra assimétrica. O setor mais "porradeiro", destrutivo, dos ruralistas tem considerável capacidade de mobilização parlamentar. Nós temos pouca força parlamentar mas grande capacidade de pressão sobre o governo, de fora para dentro, sempre que mídia dá bom destaque, os formadores de opinião se mobilizam e o escalão técnico, concursado, do governo se mexe nos bastidores.
Foi possível assim derrotar a ofensiva contra a Floresta do Jamanxin, a Renca e outros tentativas recentes. Perdemos na questão da prorrogação até 2040 do Repetro, o subsídio ao à indústria do petróleo mas não houve uma grande mobilização externa porque a grande imprensa foi a favor e tratou-se de uma prorrogação (piorada) de um subsídio já existente.
A ala mais destrutiva dos ruralistas não representa os interesses do moderno agrobusiness brasileiro. Esse já percebeu a ameaça que lhe traz o desmatamento e a mudança climática. Esses personagens, mais agressivos, empenhados no retrocesso ambiental representam grileiros, garimpeiros e pecuaristas atrasados que lhes conseguem uns votinhos na rua região. Representam interesses imediatistas de seus cabos eleitorais.
Inventam coisas grotescas como essa de querer liberar a Amazônia para o plantio de cana. Querem ferrar com o etanol brasileiro no mercado internacional? Passamos anos convencendo o mundo que o etanol brasileiro vinha de regiões onde não ameaçava a floresta!
Por isso é importante eleger novos ambientalistas nas próximas eleições. Definitivamente não serei candidato mas irei contribuir para a formação de uma nova geração de parlamentares ambientalistas. Minha grande prioridade é ajudar a formar novas lideranças. Venho dando uns cursos com a RAPS e meu think tank, Centro Brasil no Clima. O objetivo é formar uma nova bancada parlamentar ambientalista de "milenials" que saiba brigar, formular e também negociar. Vamos ver se conseguimos agora em 2018.
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