No meio de tanta noticia ruim, talvez uma boa: segundo a agencia internacional de energia há fortes indícios que as emissões globais de CO2 , estimadas em 32,3 gigatoneladas, em 2014, teriam permanecido estáveis em relação ao ano anterior. Em vez do crescimento de 2.5% previsto anteriormente.
Se confirmado é a primeira vez que isso acontece num ano não-recessivo. Havia ocorrido apenas quatro vezes antes: em 1980, 1991-92(colapso econômico da ex-URSS) e 2008(crise financeira internacional). Anos de forte recessão mundial.
Já em 2014 a economia mundial cresceu 3% mas, aparentemente --o número oficial só sai em junho-- as emissões de CO2 ter se iam mantido estáveis no ano passado. Parte do resultado parece se relacionar com a redução da queima do carvão na produção de energia da China.
O consumo de carvão na China teria se reduzido em 2.9%. Isso é tanto mais relevante se considerarmos que o PIB da China cresceu 7%. No período em que o PIB chinês transitou de 11% para 7% as emissões de CO2 haviam continuado a subir regularmente o que parece ressaltar a importância do que está ocorrendo, caso venha a ser confirmado.
Pelas estimativas disponíveis as emissões de CO2 da China, como um todo, teriam caído em 2014, em 0,8%, pela primeira vez ano passado.
Ou seja, se a tendência se mantiver, em vez de atingir o "pico" de suas emissões em 2030, conforme se comprometeu no seu recente acordo bilateral com os EUA, a China pode já tê-lo feito ano passado.
Repito: são estimativas, é cedo para qualquer conclusão definitiva mas parece promissor. E atenção: estamos falando das emissões de CO2 não estão incluídos outros GEE embora o CO2 seja amplamente predominante.
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