21/07/2014

Putin, como ídolo


Putin virou uma referência da extrema direita da Europa ocidental pelo seu nacionalismo "viril" e sua repressão às idéias "decadentes" vindas do ocidente tipo casamento gay, etc… Marine Le Pen do Front National e outros expoentes da extrema direita Européia o apóiam, inclusive na sua guerra por forças irregulares na Ucrânia. Na Russia ele tem o apoio de todo tipo de agrupamentos abertamente fascistódes. Isso não impede sua máquina de propaganda num típico "chame ladrão" pretender que o governo da Ucrânia, oriundo da revolução da Praça Maidan, é "nazista" ainda que a extrema direita nacionalista ucraniana tenha obtido apenas 2% nas recentes eleições ucranianas. 


Já no Brasil os admiradores de Putin vem da esquerda! Ví vários colegas do PT e, sobretudo,  do PC do B subirem na tribuna da Câmara para cantar loas a Putin e repetir a baboseira que que os "nazistas" tomaram o poder na Ucrânia! O PC do B era anti-Moscou e costumava, nos anos 70, a cantar loas ao ditador pedófilo da Albania stalinista Enver Hodja.  Nesse tempos pós-modernos não se importam em compartilhar apoio a Putin com a extrema direita européia. Na verdade o comunismo e o fascismo não são assim tão distantes. Mussolini começou pela esquerda e o partido nazista se chamava "Nacional Socialista dos Trabalhadores Alemães". Atualmente a Frente Nacional, na França, suga boa parte do eleitorado popular que votava no PCF. É assunto que dá panos pras mangas...

E agora a presidente Dilma resolve mencionar uma versão fantasiosa de que o Boeing 777 da Malasian foi abatido por ter sido confundido com "o avião de Putin". Foi uma versão dos separatistas, tão ridícula que nem Moscou repetiu. Só Dilma quase embarcou nessa contra-informação bisonhan e especulou com ela como sendo uma das "possibilidades". 

Nessas alturas não há sombra de dúvida que o Boeing foi derrubado por separatistas pro-russos, equipados e treinados pelos russos, que o confundiram com um avião de transporte ucraniano. Nossa presidenta perdeu uma boa oportunidade de não se expor --e expor o Brasil-- ao ridículo.

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