07/09/2010

Menos, Lula, menos!

Hoje o programa de Dilma, para além da qualidade técnico-empulhatória, enveredou por um desvão que me lembrou a  máquina de propaganda da ditadura na era Médici, quando brandia BRASIL-AME-O-OU-DEIXE-O. O Brasil que nos impingiam era o do Estado, do regime, do governo ditatorial que se vestia de verde anil, tentava –e conseguia-- capitalizar para si o tricampeonato de 70 e queria se ver em perfeita simbiose com a Pátria.

Nem hoje, nem então um governo, tem o direito constitucional ou a legitimidade pura e simples para pretender encarnar o Brasil, a pátria de todos, seus correligionários ou não, em toda sua diversidade. Lula e Dilma representam um parte política, eventualmente, majoritária por arte dos jogos do poder e do dinheiro. Não pode, nem numa peça de propaganda eleitoral, pretender encarnar o Brasil.

Ao utilizar o Hino Nacional, como tema musical de seu programa de TV, na seqüência de uma intervenção facciosa, infeliz, raivosa e sem verdade do presidente Lula, o programa de Dilma foi longe demais. Se le fue la mano (se lhe escapou a mão) é o dito hispano para esse tipo de situação. Aquele Lula, truculento, faccioso, totalmente despido de um mínimo de dignidade presidencial, mais o Hino Nacional, como trilha sonora de comercialão eleitoreiro, inaugurou a fase over da campanha de Dilma.

2 comentários:

  1. Prezado Sirkis,
    a canção agora tem que ser a de Evaristo da Veiga e D. Pedro I: Hino da Independência. Para longe o "...temor servil..." com que nos empulham todos os dias!

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