12/09/2010

Eleição dura, momentos decisivos

Marina subiu 1% no Datafolha basicamente nas classes A e B na semana do escândalo da Receita Federal e da infeliz e truculenta intervenção de Lula no programa da Dilma. Dá impressão de serem votos tanto de Dilma (PT-Light) quando de Serra (início de voto útil na Marina?). Chegou a hora decisiva. E como naquela situação da Formula I quando o piloto fica a menos de um segundo do carro da frente e prepara-se para entrar no "vácuo" para tentar ultrapassa-lo na reta que fica duas curvas à frente. Essa reta está a duas semanas e Marina precisa chegar no vácuo de Serra.

Nossa aerodinâmica é melhor mas o motor é menos potente, donde temos que aproveitar as curvas para sair do vácuo lançados no início da reta. Os pneus dele estão gastos e os nossos nos trinques. Mas é preciso entrar no vácuo!

Metáforas automobilísticas a parte, temos dois grandes desafios. O programa de TV, embora tenha melhorado, continua sem estar a altura do momento. Não é mais hora de questões programáticas, nem de sumir com a candidata para ficar mostrando o movimento Marina e pedido grana pela internet. Muito menos para aquele clima de “olhe como somos bacanas”. A hora é de arrancar votos e de mostrar Marina com tônus presidencial. Marina pode ir ao segundo turno! Só Marina pode enfrentar Dilma! Marina está preparada para ser presidente! Plano fechado, olho no olho, drama, emoção forte! Desculpem, mas a nossa narração em off é carece de vigor. Falta emoção. Plano aberto ou alternar aberto com semi-fechado é enfraquecer o impacto daquilo que Marina tem de mais forte: o olhar e o sorriso. Temos pouquíssimo tempo, cada programa e cada inserção tem que ser um tiro de canhão emocional.

A maior fraqueza é não termos ainda (será que conseguimos?) atingido as mulheres pobres e no povo cristão. Não vamos chegar lá só conquistando votos de classe média do Serra e do PT-LIght. Não são suficientes. Se continuarem a chegar servem como detonador, mas a pólvora da explosão e da ultrapassagem possível serão as mulheres pobres cristãs ou não chegaremos lá. Precisamos tomar votos diretamente de Dilma, na área popular. Tomar votos de Serra na perspectiva do “voto útil Marina” pode ser o primeiro passo que faça avançar uns 3% ou 4% mas não será suficiente para garantir o segundo turno e nossa presença nele.

Temos ainda uma “janela de oportunidade” o clima que sinto na rua e de um crescimento de Marina maior do que aquele 1% do Datafolha. E existe o fator intensidade, paixão. As pessoas que votam Marina são apaixonadas. Os votos Dilma e Serra são frios, cerebrais. O de Marina é quente, de coração. Na reta final o coração conta. Mas é preciso desperta-lo em grande escala.

Na briga para federal no Rio

Venho acompanhando pesquisas da eleição proporcional do Rio. Se as eleições tivessem sido no dia da pesquisa eu não estaria eleito por pouco. Como faltam três semanas , finalmente arrumei tempo para fazer minha campanha e agora estou trabalhando intensamente penso que posso chegar lá. Mas vai ser uma pauleira e só aos inimigos é permitido dizer “Sirkis já tá eleito!”. Essa eleição é muito dura porque o chamado “voto de opinião” está muito disputado. No Rio temos na disputa de federal quatro candidatos a prefeito nas últimas eleições. Partem com a vantagem do “recall” e do “voto compensação”. Isso divide muito esse limitado voto de opinião, menor a cada eleição, do qual dependo totalmente. Favorece a quem tem reduto regional. Além disso ainda temos o "voto modismo" ou "voto originalidade". Toda eleição tem sua bola da vez.

Então amigo (a) se você percebe o quanto os verdes do Rio precisam estar bem representados em Brasília --o Gabeira já não vai mais lá estar-- reconhece o trabalho que fiz ao longo desses últimos 22 anos, respeita minha biografia e se identifica com as propostas não entre na onda sacana do “já tá eleito” --perdi uma em 1996 por causa disso-- e vote Sirkis 4333!

Saciando um pouquinho da sua curiosidade

Não posso divulgar números de pesquisa e as de candidaturas proporcionais são bastante precárias, sempre. Em geral começo muito mal nelas e o resultado acaba sendo melhor. Mas uma vez já aconteceu o contrário.

No voto de opinião não tem surpresa, estão muito bem colocados os candidatos a prefeito de 2008: Chico, Molon com Jandira, surpreendentemente, um pouco mais atrás, mas bem. Solange, por enquanto não se beneficia tanto do fator 2008. O PV, por enquanto faz um federal e um estadual. Pode, no entanto, fazer mais. Se fosse um só federal, no dia da pesquisa, seria Dr Aloisio, ex-candidato a prefeito de Macaé com um forte voto de reduto. Novamente o fator 2008. Estadual seria Aspásia. Devemos ter uma boa votação de legenda o que junto com a intensificação da campanha deve levar o PV a um resultado melhor que esse. Mas tal é o formato da "nuvem" nesse dado momento a três semanas da hora H.

Por isso por favor não me venha com o “já tá eleito” senão vou morder sua orelha! Metaforicamente falando, é claro...

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FAZENDO CAMPANHA DE SKATE NO FLAMENGO


CAMPANHA EM COPACABANA


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