28/01/2015

Policias à míngua


O corte de 1,3 bi no orçamento das policias militar e civil é uma catástrofe anunciada. Implica numa redução de um quarto do da PM, isso num momento em que a bandidagem volta à carga com um detrioro da segurança cidadã evidenciada pelo aumento significativo de vítimas de balas perdidas, assaltos na rua, pressão dos traficantes sobre as UPP além de guerras do tráfico na zona norte e oeste.

A também anunciada redução dos homicídios é sempre uma estatística complicada para medir a segurança do cidadão comum. Na vida real tem mais a ver com altos e baixos de guerras entre bandidos. A estatística mãe para avaliar a segurança cidadão é aquela dos roubos(assaltos) em via pública e domicílio e a dos latrocínios. É onde, de fato,  se percebe se estamos mais ou menos seguros nas ruas e em casa.  Esse número havia melhorado há algum tempo e depois voltou a piorar bastante  produzindo rapidamente uma percepção no carioca de um deterioro recente da sua  segurança no espaço público, sobretudo. 

Pode haver espaço para alguma racionalização e provavelmente há  desperdício desperdício na desfuncional e burocratizada estrutura policial. Há também na nossa sociedade, cada dia mais  entrópica e cacófona, uma resistência em relação a eventuais novas fontes de recurso para as policias que poderiam advir da concessão imobiliária de áreas hoje da PM, como aquele perfeitmente inútil QG na Evaristo da Veiga, por exemplo, ou o terreno do 23 Batalhão, mas como tudo, no Rio, isso gera protestos e obstrução e fica tudo por isso mesmo. 

Na verdade, o orçamento de segurança precisava era aumentar --de forma racionalizada-- para poder pagar o fim dos famigerados turnos de serviço (24 por 48h, na PM e 24 por 72h, na civil) que fazem da profissão policial um "bico" institucionalizando o duplo (ou triplo) emprego, comprometendo a quantidade e a qualidade do efetivo disponível todos os dias para as ruas e a investigação, sua dedicação e a qualidade de seu trabalho.Isso também torna, por falta de efetivo real, inviável aquele policiamento que melhor protege o cidadão nas ruas: o patrulhamento intensivo de proximidade,  a pé. Parte desse recurso teria que vir da esfera federal. Já viram o tamanho do problema...

Agora com esse corte brutal doi só de pensar o que vai acontecer...

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