Há quem
queira sair do Acordo de Paris, o mínimo denominador comum da humanidade diante
do agravamento da mudança climática. É um ponto de partida, se todas as suas
NDC forem religiosamente cumpridas pelos diversos países ainda ficamos numa trajetória de
3 graus o que promete consequências catastróficas, no tempo de vida de
nossos filhos e netos.
Com apenas 1 grau de aumento já tivemos hecatombes, como
há pouco tempo, em Moçambique, onde um
tornado gigante fez mar invadir grande parte do litoral atingindo mais de 2 milhões
de pessoas, que perderam tudo, além dos milhares de mortos.
Aqui no Rio tivemos essa semana repetidas enchentes, já fora
de época, mostrando a deficiência da adaptação à mudança do clima. Não basta ter
um bom sistema de alerta, tem que haver plano de contingência, por bairro, e uma
preparação anterior da população para fazer frente a elas que se tornarão mais frequentes
e violentas.
Em países vulneráveis a furacões e terremotos como o Japão há toda
uma cultura de defesa civil, preventiva, treinamentos anuais etc... É uma cultura que vai preciso se construída e disseminada, a partir das escolas.
Aqui o prefeito se defende dizendo que
tinha 20 funcionários na rua para fazer frente ao alerta que funcionou. Pois é... Tivemos
enchentes com mais vítimas e 67,88,96, o número de vítimas foi reduzido por
contenções geotécnicas, reflorestamento por mutirão remunerado, pelo qual fui
responsável, quando secretário de meio ambiente do Rio e outras ações. Mas falta fazer
muito mais e considerar seriamente a adaptação à mudança do clima.
A CICLOVIA MAL BOLADA
Por exemplo, ao se fazer a ciclovia da Av Niemayer deveria ter se entrado com variáveis climáticas. O projeto era completamente inadequado. Fui responsável pela implantação do projeto das Ciclovias Cariocas. A rede cicloviária carioca que construimos é a maior do Brasil.
Não quiseram me ouvir em relação a da Av Niemayer que, em si, a princípio, era uma bela ideia. Adverti o tempo todo que aquele projeto, daquela forma, ia dar merda. Além de muito
exposto ele acabou com a vista de quem passa pela Av Niemayer uma das mais
lindas do Rio.
Havia duas maneira inteligentes --um pouco mais caras-- de fazer aquela obra direito: ou talha-la no costão e depois protegê-la por uma estrutura tubular, ou alargando a Av Niemayer com
uma pista a mais, concretada no costão, um metro e meio abaixo para preservar a vista.
O imbecis que conceberam a obra e nunca tinha feito uma ciclovia na vida e decidiram
faze-la solta sobre pilotis, Não previram sequer um impacto do mar de baixo
para cima, numa ressaca. Nem desabamentos provenientes do morro do Vidigal ou uma tempestade tão forte quanto essa recente contra uma frágil estrutura entre o rochedo e o mar. Fizeram uma obra as pressas, “nas coxas”.
A “escolha de Sofia”, é agora acabar com ela
ou gastar uma fortuna refazendo-a dentro de uma das duas técnicas que menciono, se tiverem um pingo de juízo e vergonha na cara.
A VOLTA DA SMAC
Outra para concluir: prefeito reviu um erro terrível que eu aqui denunciei, com enorme tristeza, que foi acabar com a secretaria de mei0 ambiente que estruturei, em 1993. Não me iludo, for por razões meramente políticas --alargar a base para fugir do impeachment-- mas não deixa de ser uma boa noticia.
A SMAC volta a existir e lá ainda restam servidores da melhor qualidade aos quais mando um enorme abraço. Amo vocês para sempre!
Outra para concluir: prefeito reviu um erro terrível que eu aqui denunciei, com enorme tristeza, que foi acabar com a secretaria de mei0 ambiente que estruturei, em 1993. Não me iludo, for por razões meramente políticas --alargar a base para fugir do impeachment-- mas não deixa de ser uma boa noticia.
A SMAC volta a existir e lá ainda restam servidores da melhor qualidade aos quais mando um enorme abraço. Amo vocês para sempre!
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