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Na Sinagoga mais antiga, na rua do Bom Jesus |
Líderes
católicos, evangélicos, judeus, afro-brasileiros e indígenas protagonizam um
evento multi-religioso em, defesa do Clima na mais antiga sinagoga das
Américas, Kahal Zur Israel, na rua do Bom Jesus, próxima ao
Marco Zero, no Recife Antigo. Lá de onde partiram, no século XVII, os
fundadores de Nova York.
Fé No
Clima, foi a gênesis de um movimento
ecumênico de mobilização frente a emergência climática. Foi realizado durante a
Conferência Brasileira de Mudança do Clima pelo Centro Brasil no Cima
(CBC), Instituto de Estudos de Religião
(ISER), e Instituto Clima e Sociedade (ICS), com o apoio da Federação Israelita
de Pernambuco (FIPE), presidida por Sônia Sette.
Teve como protagonistas o rabino
Nilton Bonder; o Padre Fábio Santos; coordenador da
Comissão para o Ecumenismo da Igreja Católica de Pernambuco; o pastor
Paulo César Pereira, presidente da Aliança de Igrejas
Batistas, Mãe Beth de Oxum e Jaqueline Xakuru jovem
liderança indígena. Participou do evento Karenna Gore, diretora do
Center for Earth Ethics, filha do ex-vice presidente dos Estados Unidos, Al
Gore. Ela trabalha com a mobilização ecumênica em defesa do
Clima.
A cerimonia inter-religiosa foi seguida de um debate com seus
protagonistas, no vizinho centro cultural SinsPire, na Praça do Arsenal.
Não é difícil entender porque essas religiões
e outras precisam se mobilizar em torno desse tema a exemplo do posicionamento
do Papa Francisco com a encíclica Laudato
Si e o recente sínodo dos bispos da Amazônia. Em todas elas o planeta e sua
natureza (a biosfera para os cientistas), seus seres vivos e a humanidade
irrequieta e inquieta que ele carrega
têm relação com o Divino, constituem uma criação ou uma existência sagrada,
claramente sob ameaça.
O aquecimento global que se encontra numa trajetória de
4.5 graus, de inferno na terra até o final do século; o extermínio acelerado da
biodiversidade e a poluição e acidificação acelerada dos mares são fenômenos
óbvios e ululantes. Em tese, não pode
haver religião que permaneça indiferente a isso. Em tese, apenas, pois o vasto universo neopentecostal que serve
de base de sustentação ao atual governo permanece em sua maior parte silencioso
mas precisa ser sacudido.
O ato de Recife foi o primeiro e reuniu
lideranças religiosas já muito sensíveis –quando não vítimas diretas-- da devastação. Também tratou da intolerância
religiosa que se abate contra, sobretudo os credos afro-brasileiros e
indígenas.
Demos apenas o primeiro passo. A continuação é
estabelecer o diálogo com aqueles que ainda não despertaram ou se posicionaram
em relação ao Clima. Intuo que seja um caminho mais fácil do que dialogar sobre
outros temas. Os próximos passos deverão ser nesse sentido e encontrar interlocutores
e afinar os instrumentos de comunicação que sejam os mais eficazes.
Essas comunidades também precisam também ser
sensibilizadas para trabalhar pelo purgatório dos 1.5 graus. O milagre
contemporâneo.
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Mãe Beth de Oxum, rabino Nilton Binder, Jaqueline Xacaru, pastor Paulo César Pereira e padre Fabio Santos
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Fazendo a apresentação do ato ecumênico |
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Karenna Gore, filha de Al Gore e diretora do Earth Ethics |
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Sinagoga |
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Sonia Sette da Federação Israelita de Pernambuco dando as boas vindas |
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Jaqueline Xacuru |
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Alice Amorim, do ICS |
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Moema Salgado do ISER |
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Rabino Nilton Bonder |
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Pastor Paulo César Pereira, Igrejas Batistas |
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Mãe Beth de Oxum, afro-brasileiras |
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Padre Fábio Santos, Igreja Católica
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Continuação nas ruas de Recife Antiga |
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Presença do Cardeal de Recife e Olinda |
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