26/08/2010

Daniel Cohn-Bendit - "Ecologia Política no século XXI"







Verdepress - RJ


Hoje foi o dia do debate do PV no Teatro Oi Casa Grande, no Leblon. Muita gente, e uma boa participação da imprensa, tornaram o evento muito interessante do ponto de vista político e histórico. Participaram do evento Daniel Cohn Bendit,  deputado europeu e presidente do grupo parlamentar Grupo dos Verdes no Parlamento Europeu; o deputado federal Fernando Gabeira, candidato ao Governo do estado do Rio; a vereadora Aspásia Camargo, candidata a deputado estadual e o vereador Alfredo Sirkis, presidente do PV-RJ e candidato a deputado federal.

Alfredo Sirkis iniciou a conversa com um pouco de referências históricas sobre o início da luta ecológica. A gênese do movimento ambientalista brasileiro foi no Rio grande do Sul, nos anos 70. Pessoalmente considero como marco fundador da ecologia política o caso Carlos Dayrell, em 1975. Um menino que subiu numa árvore em Porto Alegre para impedir seu corte, desnecessário, para a implantação de uma via expressa. Naquele período, no resto do mundo tínhamos a Conferência de Estocolmo, de 72 e o início dos movimentos ambientalistas nos EUA, Europa e Nova Zelândia (onde surgiu o primeiro partido verde).

Sobre a situação política da candidatura da Marina, Sirkis garantiu haver fortes indícios de uma chegada dela no segundo turno. Pesquisa comparativas anteriores mostram que a possibilidade existe e que não vamos desanimar do fato. Na seqüência, Aspásia deu um panorama sobre suas batalhas legislativas e questionou a existência de uma União Européia, como um só país.

Gabeira iniciou o debate citando Giuseppe Garibaldi, como um homem inteligente e audacioso, Gabeira diz usar Garibaldi como fonte de inspiração. Gabeira disse ainda sobre seus projetos de governo, onde pretende criar cursos de defesa civil, que orientariam e capacitariam a sociedade para atuação nas tragédias ambientais. A Defesa Civil ficaria desvinculada da Secretaria de Saúde. Gabeira vê grande importância em mapear as pessoas com dificuldade de locomoção para facilitar a remoção de locais de difícil acesso. Para Gabeira, Copa do Mundo e Olimpíadas são eventos potencialmente impactantes e que providencias tem que ser tomadas para minimizar seus impactos na realização desses eventos.

 Daniel demonstrou estar bastante a vontade em meio ao calor carioca. Começou seu discurso fazendo críticas ao governo Lula, Bendit contou sobre uma visita do presidente à França, onde afirmava que a energia nuclear é a fonte de energia do futuro. De pronto, Bendit corrigiu o presidente afirmando que energia nuclear era coisa de um passado distante, pertencia à década de 50, que a fonte de energia do futuro deverá ser obrigatoriamente renovável e perguntou na lata do Lula se ele tinha solução para o lixo nuclear gerado por esse tipo de produção energética. Daniel citou ainda sobre a estreita e estranha relação de Lula e o presidente do Irã, Mahmoud Ahmadinejad, e defendeu os processos democráticos. Daniel Cohn Bendit alertou sobre a importância de se controlar as emissões de CO2 tanto nos países desenvolvidos quanto nos em desenvolvimento, pois quem sofre com essas emissões é o planeta.


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