(Durban) As expectativas são tão baixas que a definição de sucesso virou minimalista. Se sair um "Kyotinho" já vai ser considerado quase um triunfo. "Kyotinho" na definição de um diplomata seria uma segunda fase de compromissos do Protocolo de Kyoto em que basicamente a Europa, que hoje responde por 16% das emissões, quando muito, manteria seus compromissos ainda que outros países Japão, Russia, Canadá e Austrália --que agora foram com os EUA o chamado "umbrela group" (grupo guarda-chuva, nome sugestivo...) pulem fora. Em troca o BASIC, particularmente a China, acenaria com a aceitação de "fazer mais" em termos de mitigação e de aceitar no futuro (2020?) metas obrigatórias desde que os EUA também aceitem.
Mas mesmo isso não está garantido porque para os EUA o ideal seria que não houvesse nem Kyotinho e tem a India fazendo seu jogo. Enquanto isso continuam aparecendo dados cada vez mais graves sobre os efeitos exponenciais do aquecimento global já ocorrido: liberação massiva de GEE no derretimento do parmafrost do ártico, na recente seca da Amazônia, na acidificação dos oceanos que além disso vão perdendo sua capacidade de absorver CO2. São dois mundos a parte: o do que a ciência trata e o que o processo COP negocia.Universos paralelos.Coisa de filme de terror.
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