02/06/2011

DSK: curra ou conspiração?

Se de fato a denúncia da camareira do hotel contra o ex-presidente do FMI e até então favorito das pesquisas para a eleição presidencial francesa, Dominique Strauss Khan, é verdadeira estamos diante de um caso tamanho de doença mental que o mais estranho é que não tenha se manifestado antes. Por trás daquele charme e inteligência que seduziam a França escondia-se então um psicopata bruto e incontrolável. É verdade que já havia denúncias de episódios de assédio agressivo em algumas ocasiões por parte de DSK, tido na França como um quase obsessivo paquerador. Mas não do gênero de currar uma camareira que acaba de entrar num quarto para fazer a faxina...

No entanto, a descrição dos fatos ocorridos na suíte do hotel suscita dúvidas. A camareira entra no quarto, deixa a porta entreaberta, pensando que estava vazio e DSK sai do banheiro nu, fecha a porta e a ataca imediatamente. Um caso de desejo ao improviso na velocidade da luz. Depois é “obrigada” a fazer sexo oral nele. Considerando que o do maxilar é um dos músculos mais fortes do corpo humano, abrir a boca de alguém contra sua resistência até passiva deve ser algo dificílimo, contornável talvez pelo medo da agressão espancamento.

Não consta da denúncia que DSK tenha-a espancado ou seviciado a ponto de intimida-la a praticar-lhe sexo oral (sem esquecer do risco extremo que isso acarreta ao tarado dos dentes se cravarem de forma fatal...). Sinceramente não acredito em sexo oral forçado a não ser sob mira de arma ou na seqüência de agressão e intimidação física da qual o gordinho sessentão não parece ter o physique du role. Correram também outras informações de que teria havido sexo anal. Bem aí já estamos diante de um caso de priapismo e potencia inéditos que lembra piadas do Bocage que ouvíamos na escola.

Penso que é plausível pensar que pode ter havido sexo consensual sou semi-consensual seguido de arrependimento ou de cálculo. No semi-consensual entram aqueles casos em que a mulher sente-se intimidada e cede sem estar realmente com vontade (as más línguas dizerem: “relaxa e aproveita”) a natureza humana comporta a uma variedade desses meios-tons e penso que o mais provável seja algo por ali. Não faz do comportamento de DSK algo perdoável nem menos repugnante mas torna mais problemática sua criminalização ao grau máximo como vem querendo a polícia novayorquina, os procuradores e a primeira juíza, que ria de alegre ao lhe negar fiança. E a hipótese de uma conspiração e cilada? Não pode ser descartada. Sendo mulherengo inveterado e tendo algumas histórias de paqueras agressivas DSK seria o alvo perfeito para um honey trap de algum serviço secreto. Parece algo rocambolesco mas não menos inverossímil do que o sexo oral à força.

Seja como for DSK está liquidado politicamente a não ser que seja descoberto que seja descoberta e validada a hipótese de uma conspiração. Quanto a ir para a cadeia no final das contas penso que há um forte probabilidade do caso virar um processo civil onde a camareira guineense receba alguns milhões de dólares de indenização, retire a queixa criminal e o caso fique por aí. Como a Paula Jones que supostamente foi assediada pelo ex-presidente Bill Clinton, quando governador do Arkansas. O grau de credibilidade de Jones era muito menor do que o da camareira e não envolveu força. Clinton teria apenas colocado para fora o respectivo e demandado sexo oral. Na verdade acredita-se que Jones teve algum tipo de contato consensual com Bill e depois resolveu denuncia-lo para servir aos republicanos. Terminou milionária.

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