O presidente da ANP Décio Odone admite o petróleo em obsolescência, lá para 2040 --o rei está nu-- e anuncia que vamos dobrar nossa produção até 2030!
A boa notícia é que uma autoridade, afinal, admite que o rei está nu. A má é que subestima a velocidade com que isso vai se dar e superestima nossa competitividade na reta final quando a demanda e o preço diminuirem drasticamente.
A industria automobilística global já tomou a decisão de se eletrificar. Mutações tecnológicas são mais rápidas que se imagina. Vide os comutadores e celulares.
Vejam uma relação (incompleta) de países que, independente da decisão tecnológica da indústria, decidiram normatizar o fim da produção e/ou emplacamento de veículos a combustível fóssil:
Reino Unido, 2040(Escócia 2032);
Suécia, 2030;
Noruega, 2025;
Holanda, 2030,
França, 2040;
A China anunciou mas não especificou ano; a Índia anunciou 2030 e, depois recuou.
Centenas de cidades e de regiões anunciaram diversos tipos de restrições e limites para emplacament, entre elas:
Paris: diesel, em 2025 e gasolina, 2030;
Atenas,Madrid, México, diesel 2025;
Roma, diesel 2024,
A Califórnia e uma dezena de estados dos EUA e alguns do Canadá, como Quebec 2050. Em geral anúncio de transportes totalmente carbono-neutros até 2050.
Dezenas de governos estão febrilmente investindo e/ou organizando PPPs para o smart grid --que serve também para a geração solar distribuída-- e milhões de postos de recarga.
Haverá, claro, os retardatários. A ANFAVEA aposta nisso... quer o Brasil como reserva de mercado para sucata fossil automotiva. Mas o destino está traçado: a mãe do petróleo subiu no telhado...
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