14/11/2015

  
Paris é a cidade que melhor conheço depois do Rio. La vivi boa parte do exílio, nos anos 70. La comecei a trabalhar como jornalista. Hoje tenho uma sensação de estranheza: o  território é conhecido, cada esquina contem umas história, mas quase todas aquelas pessoas do passado tornaram-se ausentes. Minha relação com a cidade virou fantasmagórica. 
O terrível atentado de ontem depois do avião russo, os de Ancara e de Beirute parecem demostrar que o mundo civilizado (e até o menos civilizado) não terão outra solução que atacar por terra e destruir até o último jihadista o "estado islâmico" do ISIL.
É claro que o terrorismo não necessita de uma base territorial para agir mas a existência dessa base territorial o potencializa numa grande medida em termos de recrutamento, treinamento, preparação e base física para operar no mundo digital. Embora pelo número

de vítimas, entre cem de duzentas,  seja das dimensões daquele de Madrid ou Bali o de ontem foi diferente por causa da dinâmica na qual está inserido. A capacidade operacional é muito maior e não é compatível  com a civilização a existência do chamado estado islâmico na Siria e Iraque e na Líbia. São dois "santuários" jihadistas que precisam ser destruídos, implacavelmente e isso vai exigir tropas da OTAN, da Russia e dos xiitas proiranianos, no caso do Iraque,  no solo apoiando aliados locais. A população dos países democráticos envolvidos vai ter que se conformar com alguns milhares de baixas. 
Os EUA, a Rússia, a União Européia vão provavelmente ter quer colocar "botas no solo" em apoio a um exercito de juros, yazdis, iraquianos, lideres tribais sunitas, milícias pró-iranianas e outros grupos díspares para promover uma guerra total que vai ter um custo muito elevado.
 Acertar as contas com o criminoso tirano Bachar Assad terá que demorar um pouco mais. Embora tenha sido responsável por mais de 200 mil mortos, tendo massacrado seu próprio povo, ele não ameaça o resto do mundo, ao contrario do ISIL. 
Aqui vamos ter que tomar muito cuidado no ano que vem, nas Olimpíadas. Pode haver "células adormecidas" jihadistas no Brasil. Olho aberto, só nos faltava essa...

Um comentário:

  1. Faço parte de um grupo chamado Embaixadores da Paz,em Genebra e minha coordenadora está fazendo um trabalho que consiste em tratar a noção de PAZ como ciência,com a criação de Universidades Estou com este grupo há uns oito anos

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