17/08/2010

Desastre ecológico...

Não estamos numa situação que nos permita cometer erros básicos de comunicação política. Numa campanha de muita dificuldade, mas poucos erros, nos vemos agora diante de um tremendo problema. Refiro-me ao programa de TV de Marina, ao qual não tive acesso prévio, igual à grande maioria dos dirigentes do PV, ligados diretamente à campanha.

Um bom documentário para a National Geographic, no limite, nosso programa institucional do PV dos anos ímpares, sem eleição. O programa que eu gostaria de veicular, em inglês, nas TV norte-americanas para pressionar o Senado, que mandou às favas o Climate Bill, apoiado por Obama.

Jamais um programa inicial de uma campanha, que acredita, como acreditamos, que podemos eleger Marina Silva presidente do Brasil. Sua força, seu destaque, seu cortante contraste com Serra e Dilma está naquela sua autenticidade brasileira, naquele seu encanto e carisma.

Como puderam escondê-la no programa de estréia??? Como pode concordar com isso???

O filmete ocultá-a. Sua voz, que poucos identificam, narra em off as cenas catastróficas de aquecimento global. Não se presta a uma narrativa em off, que ficaria muito mais clara e expressiva com uma narradora profissional.

Marina Silva aparece quatro segundos, no final, vestida de preto. No instante seguinte, vem o quarto nanico vermelho: o PCB com sua foice e martelo.

O forte de Marina é seu olho no olho do telespectador, sua emoção, sua história de vida, suas tiradas inteligentes, seu astral. Seu discurso abrangente que foca na educação. Nada disso tivemos, em prejuízo do grande diferencial. Nos ananicamos por um dia. Fizemos pés de chumbo para os dois grandes, objetivos-mensagens, que caberia no primeiro dia de propaganda eleitoral gratuita: Marina está no páreo, pode vencer e ser presidente por que é melhor que Dilma e Serra, e mostrar porquê.

A cada dia sua agonia e amanhã será outro dia. Por sorte a memória desses programas é efêmera e depois da terça-feira logo vem a quinta feira. Aí por favor! Queremos Marina, divina, olho no olho com o povo brasileiro.

No mais, não há de ser nada...

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